terça-feira, 28 de abril de 2009

submissão. é assim que eu me sinto meio á tantas verdades ditas e que ao longo do tempo tornaram-se só mais algumas palavras sem sentido algum. Tudo foi dito, nada foi feito. Aquelas promessas com olhos fechados foram feitas para esconder a incerteza no seu olhar. Eu me lembro em que um dos dias em que me libertei de você pela 20ª vez e jurei nunca mais pensar em você, fui á um teatro. Do lado de fora, com o roteiro da peça na mão, eu li a frase principal da peça: 'ver além do que os olhos enxergam'. Achei aquilo tão ideal... E aderi aquilo já que me parecia a coisa certa a fazer. Ignorar somente o que vejo. Os cegos são assim, já parou pra pensar? Eles vivem quase numa sinestesia, e ainda sim criam a possibilidade de ver com todo o corpo. Meu corpo falava por mim. Sou segura o bastante para dizer que não aguento ver aquilo. Eu realmente me senti cega já que todo meu corpo sentiu aquilo que vi. De repende, em um ato, você fez os últimos anos da minha vida, as últimas felicidades, as ultimas incertezas, não terem sentido. É, eu fiz aquilo com você sim. Pensei que podia te fazer ver que na verdade tudo era recíproco.
Eu costumava cantar para você 'se ele evolui será que isso me inclui'. Sabe, ainda não sei a resposta... Você não evoluiu. E não é dor de cotovelo nem nada disso porque não sou eu no lugar dela. É que olhando nos seus olhos, posso ver que o valor que você dava á coisas realmente importantes naquela época, se perdeu. Não critico a agarração meio á todo mundo... O problema é que todo mundo espera a minha decepção estampada na testa. E ela vem, como sempre. Hoje, eu não consegui nem falar, entende? Eu só senti, sai dali e todos fingiram que não viram nada acontecer. Eu quis chorar... Não por você. Mas por mim mesma que havia esquecido como era ser eu, e mantinha aqui comigo uma esperança avassaladora que dizia que você ia voltar. Eu sinto muito. Você nem pode imaginar...
Drummond disse: “nada nas mãos: me disseram que havia uma guerra.”.
E ele estava certo. Completo a frase de Drummond com uma dos Los Hermanos: 'o vão nas suas mãos é só porque você não está comigo'. A guerra é dentro de você agora.E você sabe bem do que eu estou falando. A luta mais difícil que já passei é contra meus próprios sentimentos. Tá na hora de você lutar contra os seus.




e eu continuo vendo além do que os olhos enxergam.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

e de repente, um dia você descobre que seu mundo caiu, e você nem havia percebido os destroços. Tudo parece estar dentre os escombros, inclusive seu próprio você. Se olha no espelho, não se reconhece. Tenta continuar a viver, e fingir que aquilo é passado. Até que ouve de alguém muito sincero, olhando nos seus olhos que você está chata. mas não aquele chata comum... aquele chato sério, sereno demais, procurando respostas, ouvindo demais. Logo você e costumava falar de mais e ouvir de menos. Antes, você cosumava ser tão brilhante, tão atrente em todos os sentidos. Você era interessante. De repende, a conjulgação do verbo te incomoda. Você se pega sem conseguir pensar em como vai conquistar tudo que ambiciona sem ser você mesmo. Meu Deus! O que fazer quando você não sabe nem quem você é mais? Pergunte-se. Eu sabia que tudo isso já havia acabado, mas sabe como dói ter a comprovação disso? Enquanto a dor, ou a angústia resumem-se á nicks de msn, ou ver abraçinhos com 4ªs intenções , ela parece que não ser de verdade. E aí, pedem para você não olhar para o lado, não se desesperar. Isso é só adiar o que pode se sentir. Foram só algumas horas poupadas. E mesmo assim, você sente. Talvez até mais forte. Ele, foi. Aquilo, foi. Você, sumiu. E isso aqui dentro, ficou. Só me diz porque ficou, se quem você pode fazer feliz não sou eu, e se a felicidade que você sente em qualquer lugar não quer é por mim.

domingo, 12 de abril de 2009

É aí que tá o problema, meus queridos.
Estou como termômetro da deprê ligado: estou ouvindo oasis. É.. sabe aquele tipo de coisa que você só faz quando discorda de algo simplismente imutável? Exato. Mas hoje, me sinto tão alheia ao que me fizeram ler que nem mesmo oasis parece suprir minha vontade de mudar qualquer coisa.


Talvez eu passe a imagem de ser alguém totalmente diferente do que eu sou, não? Ou talvez o resto do mundo tenha decidido que o jeito como eu me porto, me visto, ou as coisas que eu já vi, ou conheço, decidem quem eu sou. Isso é totalmente ridiculo. Não tira-se o mérito, as vivências, a maturidade das pessoas só porque não se vive mais nas mesmas condições. Tem algumas considerações que gostaria hoje de fazer para aqueles que leem esse blog, e portanto, tem importancia ímpar na minha vida. Eu me importo sim com roupas, conheço estilistas, e nem por isso tive que pisar em alguém por ele vestir algo sem o menor renome. Pelo contrário... Admiro quem, apesar de julgar as coisas materiais irrelevantes, consegue ser inteligente o bastante para conseguir usufruir o que a vida lhe dá de melhor. Eu nunca disse que fui á Disney ou a qualquer outro lugar que tenha ido para me fazer mais conhecedora ou importante. Pelo contrário... Na minha opinião, existem pessoas mais conhecedoras do que eu sem terem visto as coisas que eu já vi. Alías, os lugares nos quais eu fui mais feliz, não tem fama internacional, nem ao menos hoteis cinco estrelas. Sem ser hipócrita, eu já fui esse tipo de pessoa que ainda hoje me julgam... Eu já disse que não falaria com aquela pessoa porque ela não era compatível com os meus modos. E quando o meu pai mais precisou de mim, quando nós ficamos sem todo aquele glamour, dinheiro, e viagens, eu não tinha maturidade o bastante para decidir que eu ficaria com ele, com qualquer apesar que a vida nos trouxesse. Mas então, a maturidade veio... Eu descobri que ela vem para todos... Cedo ou tarde. Eu comecei a me relacionar com pessoas muito simples, que não sabiam um décimo do que eu já tinha visto. Eu fui vítima de todos os tipos de preconceitos por andar com quem eu tinha escolhido afinal, e não com a high society que segundo, até mesmo meu pai que havia passado por humilhações dessas proprias pessoas, era meu lugar. Eu sempre fui amiga do alguém mais improvável. E sabe? Foi quando eu fui mais feliz. Eu era feliz porque não procurei o caminho de aceitação mais fácil, nem segui os padrões do que seria o mais simples. O único problema desse amadurecimento é que nem mesmo meu pai o acompanhou. Eu não vivo num mundo de ilusões e quem me ensinou isso, foi a minha mãe. Eu já tive épocas em que queria ir em festas e não fui porque não tinha dinheiro (nem coragem de pedir para minha mãe) para o presente, nem mesmo para comprar uma roupa para mim , o que hoje todos acham que eu não sei viver sem. Eu tenho uma mãe que é Silva, um pai que é Gonçalves e me deram o privilégio de O'Konors. Eles sempre, inclusive quando não deviam, me deram o há de melhor nesse mundo.... E eu não falo só de viagens, roupas, e passeios! Eu falo de amor, de sinceridade, de proteção, de carinho incondicional. Eu sinto muito que as pessoas achem que eu seria capaz de dizer que o lugar que me levaram é pobre, brega ou derivados. Você que disse ter ouvido ou dizer isso, não tem noção dos lugares os quais já fui! E só de terem me levado, já é o máximo para mim. Eu sinto muito que me julguem essa pessoa medíocre. Eu sou parecida com meu pai sim... Eu sei lutar pelo o que eu quero, eu quero o melhor para mim sim, eu amo tudo que me cerca... Mas eu não seria capaz de ser o que você pensa, ou deseja que eu seja,depois de tudo que eu vivi. Eu posso não ser a jovem mais bem esclarecida, a mais madura, ou sei lá.. Mas eu sei que eu sou alguém que, quem tem por perto, não sente que está sendo menosprezado. Aliás, se querem saber, é isso que mais admiro numa pessoa: a capacidade de ser feliz com pequenas coisas, com coisas que as pessoas normalmente não seriam realizadas. O meu lema de vida é esse: achar a felicidade onde a maioria desse mundo movido pelo dinheiro, não acharia. Eu tento cada dia mais, ser assim.






desculpem-me.
é só que ás vezes, é deprimente acharem de você o que eu ouvi que andam dizendo de mim.
beijos á quem merece.