Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. E entro no carro já sem chorar. O último anochorando por você serviu ao menos para me secar por dentro. Preciso me aliviar. Mas dou até risada porque acabaram os caminhos. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. É como se o mundo inteiro, os ventos, as ondas do mar, os terremotos,os carros correndo nas estradas, os cachorrinhos nas gramas de todos os parques do mundo, a chuva, os cartazes de filmes, o passarinho que canta todo dia d e manhã na minha janela, a torta de palmito na geladeira, um cara qualquer com quem ousei passar meu tempo (e todos eles parecem qualquer quando não são você). É como se o mundo inteiro me dissesse: “hei Rafaela, ninguém agüenta mais esse assunto! Chega!”
E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar. (...)
E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho. e olha que eu não penso mais em você
E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar. (...)
E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho. e olha que eu não penso mais em você
aí ele chega, tão lindo. E vai embora, tão feio. E liga, tão bobo. E some, tão especial. E eu morro, ainda que não ligue a mínima. E eu não tô nem aí, ainda que pense o tempo todo em não estar nem aí...
um beijo especial pra uma nova grande amiga.
sempre soube que isso daria certo, e que, de um jeito ou de outro, eu ia me entregar ao seu estilo estilosinho. pra você lalá
1 comentários:
ouuuun você consegue ver um brilho em mim rafaaa!e eu em vc!
*-*
lovee uuu !
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