segunda-feira, 10 de novembro de 2008


ela costumava pensar tanto que seus pensamentos se cansaram dela e simplismente amadureceram em ações. Já não dava mais pra conviver com alguém tão covarde, tão contraditória, tão mutável. O que faltava para ela, era ele. Ele firmava a sua, até então, pseudo-intelectualidade. ele a fazia equilibrada e com quem realmente gostava dela ao redor. Era assim que ela o via: uma espécie de amuleto com sotaque não definido, um repelente de pessoas e coisas que não fossem verdadeiras. Quando estava com ele nada parecia realmente afetá-la, a não ser pelo jeito com que ele afastava seus cabelos da testa e a olhava nos olhos depois de dizer que não se arriscaria, e não arriscaria a felicidade de quem amava por algo que realmente valia qualquer pena. Enfim alguém dava valor ao seu jeito atrapalhado de subir o vestido tomara-que-caia, e não ria desesperadamente das piadas dela. enfim alguém que a beijava como nos eus sonhos e a abraçava quando ela dizia ter medo do que pode acontecer. Enfim. Enfim era ele. Endfim era ele e ela, sempre acompanhados pelo destino. Enfim alguém que a afastava do que ela queria distancia mas nunca soube dizer 'não'. Enfim uma conversa por olhares e toques escondidos. Enfim algo diferente. Era como no título do livro de Clarice Lispector: Felicidade Clandestina.

e como ser clandestina lhe parecia ideal.




tão feliz, tão feliz que perdi uma das meias no caminho do quarto até o escritório.


"Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
e afinal, você chegou.

1 comentários:

Unknown disse...

romantica e inigmatica como sempre. perfeita e confusa. é dificil decifrar você, a única coisa que da para dizer é que você esta radiante, com um brilho f=diferente no olhar... e como eu te disse, eu gosto mais de você, por que você gosta mais de você mesma! Te Amoo muito viu amiga!
Mesmo você gostando do sotaque indefinido com uma agulha de tricô no bolso! hauhuahuah
beijooos*=